terça-feira, 10 de janeiro de 2012

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.


Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim para ela:

_ Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:

_ É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou que a velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e , todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

_ Olha vovozinha, eu sou fiscal da Alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

_Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

_Eu prometo à senhora que deixa a senhora passar. Não vou dar parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

-O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.

_ Juro – respondeu o fiscal.

_É lambreta.



COMPREENDENDO O TEXTO



1. Esse texto é uma:

a) ( ) narrativa b) ( ) poesia c) ( ) informação d) ( ) crônica



2. É um texto que transmite:



a) ( ) momentos de tensão b) ( ) comentários policiais

c) ( ) uma situação de humor d) ( ) uma situação triste



3. Que adjetivos (qualidades) você daria a velhinha:



a) ( ) ingênua b) ( ) esperta c) ( ) caduca d) ( ) cansada

e) ( ) otimista f) ( ) pessimista g) ( ) boba h) ( ) inteligente



4. Que adjetivos (qualidades) você daria ao policial:



a) ( ) teimoso b) ( ) desconfiado c) ( ) educado d) ( ) ingênuo

e) ( ) compreensivo f) ( ) honesto g) ( ) observador h) ( ) tolo



5. O final do texto é surpreendente? Por que?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________



6. Se você fosse o fiscal, teria percebido qual o contrabando? De que forma?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________



7. A escrita correta da palavra “espaia” é:

a) ( ) espalia b) ( ) espalha c) ( ) espalhia



8. Na expressão: “Com um bruto saco atrás da lambreta”, a palavra grifada significa:

a) ( ) estúpido b) ( ) grande c) ( ) mal educado



9. Alfândega é o departamento onde:

a) Cobram-se impostos e taxas de produtos.

b) Compram-se produtos.

c) Vendem-se mercadorias proibidas.



10. No Brasil, muitas pessoas se vangloriam de burlar as leis. O que você acha dessa atitude?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

0 comentários:

Postar um comentário